segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Sou um professor


            
   Para comemorar mais um dia do professor, encontrei um texto muito especial.
Por Jonh W. Schalattero

       Eu sou um professor.
       Nasci no primeiro momento em que uma pergunta saltou da boca de uma criança.
      Tenho sido muitas pessoas em mitos lugares.
      Sou Sócrates, estimulando a juventude de Atenas para descobrir novas ideias usando perguntas.
      Sou Anne Sullivan, tamborilando os segredos do universo sobre a mão estendida de Helen Keller.
       Sou Esopo e Hans Crinstian Andersen, revelando a verdade por meio de muitas, muitas estórias.
       Sou Darcy Ribeiro, construindo uma universidade a partir do nada no planalto brasileiro.
       Sou Ayrton Senna, que transforma sua fama de herói esportista em recursos para educar crianças em seu país.
     Sou Anísio Teixeira, na sua luta de democratização de educação para que todas as crianças brasileiras tenham acesso à escola. 
    Os nomes daqueles que exerceram minha profissão constituem uma galeria da fama da humanidade: Buda, Paulo Freire, Confúcio, Montessori, Emília Ferreiro, Moisés, Jesus.
        Eu sou também aqueles nomes e rostos que já foram esquecidos, mas cujas lições e cujo caráter serão sempre lembrados nas realizações dos que educaram.
        Já chorei de alegria em casamentos de ex-alunos. ri de felicidade pelo nascimento de seus filhos e me quedei de cabeça baixa, em dor e confusão, junto a sepulturas cavadas cedo demais para corpos jovens demais.
        No decorrer de um dia já fui chamado para ser artista, amigo, enfermeiro, médico, treinador; tive de encontrar objetos perdidos, emprestar dinheiro, fui motorista de táxi, psicólogo, substituto de pai e mãe, vendedor, político e guardião da fé.
        Apesar de mapas, gráficos, fórmulas, verbos, histórias e livros, na verdade não tive nada a ensinar aos meus alunos porque o quê eles de fato tem a aprender é quem eles são. E eu sei que é preciso um mundo para ensinar a uma pessoa quem ela é.
         
  John W, Schalatter é um ex-professor americano. Seu poema foi extraído do best seller Chicken Soup for the Soul ( Canja de Galinha para a Alma), de Jack Canfield e Mark Victor Hansen. Tradução de Tatiana Belink e adaptação de Guiomar Namo de Mello. Publicado na revista Nova Escola em outubro de 1997.

terça-feira, 31 de julho de 2018

"Se queres ser universal, fala de tua aldeia"
                                                     Tolstoi

segunda-feira, 23 de julho de 2018

Encontrei, por acaso, e achei oportuna:
Qual a diferença entre revolução e golpe?
Revolução designa uma transformação profunda, um movimento de grandes proporções que rompe com o que existia até então. Geralmente ela surge das bases da sociedade e envolve um grande número de pessoas, alternando as estruturas políticas e sociais. A revolução Francesa, de 1789, é um exemplo. Ela contou com o envolvimento popular nas cidades e no campo e transformou a ordem vigente. Já os golpes são uma iniciativa de elites políticas, econômicas e militares, não envolvendo a população, mesmo que às vezes, contem com o apoio popular. Dificilmente um golpe promove mudanças profundas. Em geral, eles ocorrem para preservar ou restaurar determinada situação política, como o que nasceu no Brasil em 1964. Uma cúpula militar apoiada por políticos destituiu o presidente João Goulart (1919-1976). Não havia um clamor popular para essa ação, embora parte da opinião política tenha dado apoio a ela. A ideia era frear que se anunciavam.
Consultoria à revista Nova Escola em agosto de 2011, André Lopes Ferreira, doutor em História pela Unesp.